Os tumores adrenocorticais não funcionantes (que não segregam hormonas), não apresentam sintomas, equanto que os funcionantes (que produzem hormonas em excesso) causam sintomas.
Consoante a hormona produzida em excesso, há diferentes condições associadas:
Quando a hormona produzida em excesso é o cortisol, o doente pode desenvolver síndrome de Cushing.
Quando é produzida em excesso a aldosterona, o doente pode desenvolver hiperaldosteronismo primário, e se a hormona produzida em excesso for uma das hormonas masculinas (como por exemplo a testosterona), o doente pode desenvolver virilização.
O síndrome de Cushing, também denominado de hipercortisolismo é causado por adenomas adrenocorticais que produzem e secretam níveis elevados de cortisol.
Os sinais e sintomas mais comuns do síndrome de Cushing incluem: obesidade da parte superior do corpo, fadiga severa e fraqueza muscular, hipertensão arterial, dor lombar, níveis elevados de glicose no sangue, facilidade em desenvolver hematomas e estrias vermelho-azuladas na pele.
As mulheres com síndrome de Cushing podem apresentar aumento do crescimento de pêlos faciais e corporais e o período menstrual pode tornar-se irregular ou ficar ausente.
Importa referir que existe uma variante do síndrome de Cushing denominado síndrome de Cushing subclínico, que é comum em pessoas em que foi descoberto incidentaloma adrenocortical. Geralmente são descobertos incidentalmente durante um exame de imagiologia abdominal, sendo nestes casos denominados de incidentalomas adrenocorticais.
Os doentes com síndrome de Cushing subclínico geralmente não apresentam sintomas acentuados, contudo podem demonstrar intolerância à glicose e hipertensão.
O hiperaldosteronismo primário (também chamado de síndrome de Conn) deve-se à produção excessiva da hormona aldosterona.
A aldosterona é responsável por equilibrar os níveis de sódio e potássio no sangue por isso os doentes que apresentam esta condição podem apresentar hipertensão arterial, fadiga, dor de cabeça, fraqueza muscular, dormência e paralisia intermitente.
A secreção excessiva de hormonas masculinas pode levar à acentuação de características masculinas (virilização), como hirsutismo (aumento de pêlos faciais e corporais), aprofundamento da voz e aumento da muscularidade.