ADRENO+

SUPRARRENAIS E TUMORES ADRENOCORTICAIS

Tratamento

A melhor opção de tratamento para os tumores adrenocorticais depende de mais do que um fator, como por exemplo, se o tumor é funcionante ou não funcionante. E, sublinhamos, que o tratamento deve ser sempre discutido com o endocrinologista que o acompanha.

Adenomas adrenocorticais não funcionantes

Os adenomas adrenocorticais não funcionantes geralmente não requerem nenhum tratamento. Podem, contudo,  necessitar de vigilância médica, para verificar se há alterações no tamanho ou secreção de hormonas.

Carcinomas adrenocorticais

Em geral, os carcinomas adrenocorticais presentes apenas na glândula suprarrenal devem ser removidos por cirurgia

Os carcinomas que, nos exames de diagnóstico, demonstrem ter-se espalhado para outros órgãos, podem ser tratados com cirurgia juntamente com outras terapias (quimioterapia e radioterapia) ou podem não ser elegíveis para a remoção cirúrgica.

Se um carcinoma não é elegível para cirurgia, geralmente o doente inicia um protocolo de quimioterapia. O fármaco geralmente ultilizado é o mitotano.

 

Adenomas adrenocorticais funcionantes

Os adenomas adrenocorticais funcionantes são geralmente tratados com cirurgia

A cirurgia que envolve a remoção de uma ou das duas glândulas suprarrenais denomina-se por adrenalectomia.

A remoção da glândula suprarrenal afetada resolve outras condições que podem estar associadas aos níveis elevados de hormonas (como o hiperaldosteronismo primário ou síndrome de Cushing). 

Em alguns casos, os adenomas adrenocorticais funcionantes podem ser tratados com medicamentos que bloqueiam ou reduzem a secreção aumentada das hormonas,

Neste âmbito, estão a ser desenvolvidos ensaios clínicos com o objetivo de melhorar as perspetivas de tratamento destes doentes. Informe-se aqui para saber o que está a ser feito nesta área.

 

Cirurgia

Existem dois tipos de cirurgia utilizada para a adrenalectomia:

Cirurgia convencional – com uma incisão de grande dimensão

Cirurgia minimamente invasiva – com uma pequena incisão. Este tipo de cirurgia denomina-se por laparoscopia e permite estadias hospitalares mais curtas, menor desconforto e uma recuperação mais rápida.

Em ambos os métodos, o cirurgião remove completamente a glândula suprarrenal e todo o tumor. O cirurgião verifica cuidadosamente os órgãos que rodeiam o tumor, como os rins, assim como os vasos sanguíneos, e remove qualquer tumor visível.

 

Radioterapia

A radioterapia utiliza radiação que elimina ou inibe a multiplicação das células cancerígenas.

Nos carcinomas adrenocorticais, a radioterapia é utilizadas após a cirurgia para diminuir o risco de recorrência do tumor ou para controlar as metástases tumorais, nomeadamente as metástases ósseas.

Geralmente, a radioterapia é aplicada diariamente, de segunda a sexta-feira, de 5 a 7 semanas. Os efeitos secundários podem incluir fadiga, reações na pele como vermelhidão e irritação, diarreia e náuseas.

Quimioterapia

A quimioterapia utiliza agentes químicos que eliminam ou inibem a multiplicação das células cancerígenas.

Uma série de fármacos podem ser combinados entre si e com o mitotano para o tratamento do carcinoma adrenocortical.

As duas principais combinações são:

1) etoposido, doxorrubicina e cisplatina com mitotano (EDP/M )

2) mitotano e estreptozotocina