ADRENO+

SUPRARRENAIS E TUMORES ADRENOCORTICAIS

DIAGNÓSTICO

Quando, num exame de imagiologia, é encontrada uma massa na glândula suprarrenal existem duas questões que devem ser avaliadas:

1. Esta massa tem carácter benigno ou maligno (canceroso)?
2. Esta massa tem a capacidade de secretar hormonas?

1. Esta massa tem carácter benigno ou maligno?

Para responder a esta primeira questão, devem ser efetuados exames de imagem que podem incluir: tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética nuclear (RMN) ou tomografia por emissão de positrões (PET – Positron Emission Tomography). A escolha do tipo de exame depende da avaliação clínica do doente.

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Exames de imagem

Tomografia Computorizada (TC)

A tomografia computorizada adquire imagens detalhadas dos órgãos internos, utilizando raios-X. 

Esta ténica mostra o tumor na glândula suprarrenal, assim como os vasos sanguíneos para onde o tumor está a invadir e as metástases que possam estar presentes noutros órgãos.

A avaliação do tumor por tomografia computorizada permite a distinção entre um adenoma e um carcinoma adrenocortical pois permite a obtenção do valor de unidades de Hounsfield. A escala de Hounsfield é uma escala quantitativa que descreve a radiodensidade.

 O doente deve ficar imóvel enquanto o exame está a ser realizado. Poderá ser necessário injetar um corante de forma intravenosa ou beber uma solução de contraste.

 

Ressonância Magnética Nuclear (RMN)

A Ressonância Magnética Nuclear permite obter imagens do interior do corpo, utilizando ondas rádio e ímanes. Esta ténica permite obter imagens muito nítidas e precisas duma área em particular, sendo útil na distinção entre um adenoma e um carcinoma adrenocortical.

Os doentes que possuam próteses, placas metálicas ou pacemakers devem informar o técnico responsável pelo exame.

 

Tomografia por Emissão de Positrões (PET)

A Tomografia por Emissão de Positrões (PET) adquire imagens dos órgãos e tecidos e é utilizada fundamentalmente para avaliar se o tumor se espalhou para outros locais do organismo.

Neste exame  é administrado um açúcar radioativo. Uma vez que as células cancerígenas absorvem açúcar muito mais rapidamente do que as células normai

 

2. Esta massa tem a capacidade de secretar hormonas?

Para responder a esta questão, devem ser efetuados testes bioquímicos, através de  amostras de sangue ou urina

Os testes bioquímicos permitem avaliar os níveis de certas hormonas, e verificar se a sua produção está a ser alterada. As hormonas avaliadas podem incluir cortisol, aldosterona, metanefrinas plasmáticas e dehidroepiandrosterona (DHEA) ou iões, como sódio e potássio

Juntamente com os exames de imagem, esta avaliação permite a correta classificação do tumor

Importa referir que no caso de história familiar de alterações hereditárias, estão disponíveis testes genéticos e aconselhamento genético adequado.

 

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Após o diagnóstico o que devo fazer?

Procure informação credível que lhe permita entender o seu caso e quais os passos que serão tomados no futuro.

Tenha confiança na equipa médica que o acompanha. O diagnóstico de imagem, assim como o desenvolvimento de terapias tem vindo a evoluir consistentemente no últimos anos.

Faça todas as questões que lhe surgirem. Compreender a  situação é essencial para a superar.

 

Existe um conjunto de associações que o/a podem ajudar:

Sociedade Portuguesa de Endocrinologia (se foi diagnosticado com um tumor adrenocortical)  

– Se foi diagnosticado com um carcinoma adrenocortical, a Associação de Apoio a Pessoas com Cancro (AAPC)  e a Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC)

– Se o seu filho foi diagnosticado com Síndrome de Li Fraumeni, a Associação de apoio a portadores com alterações nos genes relacionados com cancro hereditário (Evita)

– Se o seu filho foi diagnosticado com outro Síndrome genético associado a risco aumentado de desenvolvimento de carcionoma adrenocortical, a associação Raríssimas